No dia 14 de março, países do Sudeste da África foram atingidos pela passagem do ciclone Idai. Moçambique, Zimbaué e Maláui foram os três países mais afetados pelo fenômeno atmosférico.
A Organização das Nações Unidas, ONU, estima que cerca de 1,7 milhão de pessoas tenham sido atingidas pela violenta tempestade de vento, que ultrapassou 170 km/h, inundando e devastando áreas inteiras desses países.
Os dados não são exatos e mudam a todo o momento. Mas até agora o número de desaparecidos são de 200 mil e o número de mortos passa 700, podendo superar 1.000.
Ainda de acordo com a ONU, mais de 150 mil pessoas estão abrigadas em refúgios de emergência. Já em regiões ainda isoladas, onde os salva-vidas e a Cruz Vermelha não conseguiram chegar, devido o alagamento, centenas de pessoas tentam se refugiar em copa de árvores, casas destelhadas e muros.
Sem água potável, comida, abrigo, vestes, remédios e energia elétrica os sobreviventes aguardam pela ajuda humanitária que, aos poucos, vão chegando.
Esse já é considerado pelas autoridades, o maior desastre da história enfrentada pela população africana.
Abalado com a tragédia, o Santo Padre, o Papa Francisco, manifestou sua solidariedade aos habitantes de Moçambique, Zimbábue e Malauí.
“A essas queridas populações, expresso a minha dor e a minha proximidade. Confio as muitas vítimas e suas famílias à misericórdia de Deus e imploro conforto e apoio aos que foram atingidos por esta calamidade”, disse o pontífice.
Para auxiliar nas obras de socorro e assistência às pessoas e territórios, por meio do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Integral, Francisco doou de 150 mil euros para serem divididos igualmente entre Moçambique, Zimbábue e Malauí.
Para completar, o Papa convocou a comunidade católica se unir em oração e apoio aos países da África.
Em consonância com o apelo do Santo Padre, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e a Cáritas Brasileira lançam hoje, 25/03, a Campanha de Solidariedade à África – SOS África – Moçambique, Zimbábue e Maláui.
A empreitada visa, segundo as entidades, arrecadar recursos para serem utilizados em ações de socorro imediato, como por exemplo, na compra de água potável, alimentos, roupas, cobertores, kits de higiene, remédios, primeiros socorros e tendas.
“Com este apoio queremos ainda ajudar na reconstrução de moradias e meios de vida das populações afetadas nos três países”, enfatizou a presidência da CNBB.
Os interessados podem doar qualquer valor por meio de depósito nas contas bancárias abaixo, geridas pela Cáritas Brasileira. Veja:
Para DOC e TED , o CNPJ da Cáritas Brasileira é: 33.654.419/0001-16
Banco do Brasil
Caixa Econômica Federal
Santander
Dioceses, paróquias, comunidades, congregações, colégios e todas as pessoas de boa vontade, são convidadas para participarem dessa grande corrente de oração e solidariedade em favor das pessoas atingidas por esta triste tragédia.
“O Deus da Vida e Ternura derrame suas bênçãos sobre cada pessoa pela solidariedade e gesto amoroso em favor dos irmãos e irmãs de Moçambique, Zimbábue e Maláui”, rogaram os bispos.