NOTÍCIA

Julho, Mês do Dízimo

quarta, 01 de julho de 2020
Mês de julho é o mês paroquial do dízimo.

Quem ama, partilha”, pois "de graça recebeste, de graça deveis dar!”. Estas passagens bíblicas, ambas tiradas do Evangelho de São Mateus 10,8b, convidam os membros da comunidade a entenderem o Dízimo como retribuição ao amor de Deus. Ele nos amou primeiro. Nesse sentido, o Dízimo é compreendido como generosidade na partilha daquilo que recebemos como dom de Deus.

Pensando uma conversão pessoal e pastoral, a recomendação do Senhor, depreendida da frase do evangelho de Mateus, quer nos levar a atitude cristã de partilha consciente e generosa do que somos e do que temos, a fim de contribuir com a missão e manutenção da nossa Igreja. Para isso é fundamental buscar colocar as coisas de Deus e da Igreja em primeiro lugar.

É preciso dizer não ao consumismo que faz esquecer ou impede de dar o Dízimo com fidelidade, constância e no seu justo valor. O Mês de Julho – Mês Paroquial do Dízimo tem por objetivo levar o fiel a ver o Dízimo como prioridade e não como sobra, depois que foi satisfeito o desejo de consumir sem uma necessidade real, visando conscientizá-lo do compromisso evangelizador e do meu pertencimento a comunidade.

De fato, como ensina a Igreja, “o dízimo é uma contribuição sistemática e periódica dos fiéis, por meio da qual cada comunidade assume corresponsavelmente sua sustentação e a da Igreja”. Trata-se, pois, de um compromisso moral com a Igreja, de uma “decisão pessoal que exprime pertença efetiva à Igreja contribuindo conscientemente numa comunidade local”. (CNBB, Documento 106, Nº 6).

Ponto importante para motivar nossa generosidade relativa à partilha do Dízimo diz respeito a sua finalidade e emprego. Os investimentos do Dízimo devem ser direcionados a quatro áreas específicas. Essas decorrem da natureza e das dimensões do Dízimo e são configuradas pela vida da Igreja e determinadas pelo Direito Canônico. São quatro as áreas onde o Dízimo deve ser investido: 1) manutenção do culto, 2) sustento do clero, 3) promoção do apostolado (pastoral e missões) e 4) a promoção da caridade (socorrer os pobres).

A Igreja prescreve aos católicos como regra promover os recursos necessários para atender essas necessidades. Por isso, “os fiéis têm obrigação de socorrer as necessidades da Igreja” (CDC cân. 1254 § 2), além de promover a justiça social (cf. AG 2).

Seguindo a linha da manutenção da Igreja precisamos tomar consciência de que, ao partilhar um pouco daquilo que recebemos para o nosso sustento, é preciso pensar nas necessidades da comunidade local, onde participo e frequento os sacramentos. Por isso, tenhamos presente que o dízimo é paroquial. O dízimo se faz na sede da paróquia, na comunidade ou setor da paróquia em que o fiel participa. Disso decorre que o dízimo se distingue de doações feitas a outros tipos de comunidade, associações, meios de comunicação e entidades beneficentes (Documento 106, n. 49).

Voltando ao tema da generosidade, a Pastoral do Dízimo insiste na importância da linguagem, com o propósito de entendermos corretamente o sentido do Dízimo. Tem muita gente que, na hora de dar seu dízimo usa termos como “pagar”, “dar”, “ofertar”, “consagrar”, entre outros. Contudo, os termos mais apropriados são dois. Contribuir, porque compreende participação comum, solidariedade e responsabilidade com a comunidade. E partilhar, porque significa dar de si mesmo e do trabalho, partilhando dos seus rendimentos e bens para colaborar no serviço e objetivo comum da Igreja que é a evangelização.

O documento da CNBB que trata sobre o Dízimo, “O dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas” (Documento 106), dos quais nos servimos nessa exposição, traça em sua Primeira Parte, um percurso bíblico que deu os fundamentos para a compreensão cristã do Dízimo. Esse percurso bíblico levou a consciência de que o dízimo é fruto da “alegria de sentir-se amador por Deus e de poder agradecer a Ele, reconhecendo que seu amor por seu povo é eterno (Jr 31,3; Mt 5,23-26)”. Percebe-se assim, que o ensinamento bíblico mostra como inaceitável propor o Dízimo com base na “teologia da prosperidade”.

O Dízimo não é uma troca de favores, uma barganha, um investimento mediante o qual se conquista o direito a um favor de Deus, ou da Igreja. O Dízimo só pode ser entendido como uma doação generosa de quem tomou consciência de que foi agraciado por um Deus que o ama e de que pertence ao seu Povo, a Igreja de Cristo.

Precisamos lembrar que, ao sermos batizados, recebemos a missão de evangelizar, e, unidos em comunidade na fé, estamos contribuindo para que o Evangelho apresentado por Jesus chegue a todos, em diferentes situações e lugares. Quando estamos cientes de que o Dízimo por nós ofertado nos torna não apenas observadores, mas colaboradores da Evangelização, é mais fácil lembrar o motivo de nosso sacrifício.

Lembremos, também, do compromisso de Jacó com o Senhor, no livro de Gênesis (Gn 28, 20-22): "Se Deus estiver comigo e me proteger no caminho por onde eu for, se me der pão para comer e roupas para vestir, se eu voltar são e salvo para a casa do meu pai, então o Senhor será o meu Deus. E esta pedra que ergui como coluna sagrada será a casa de Deus, e eu te darei o dízimo de tudo que me deres". Sejamos também dizimistas porque temos fé em Deus e acreditamos em Suas promessas.

A Pastoral do Dízimo da nossa paróquia, formada um grande número de agentes pastorais, tem a missão de conscientizar e evangelizar os paroquianos sobre a sua contribuição e corresponsabilidade com a sua comunidade. Dedicamos o segundo final de semana de cada mês para o dízimo, rezando em intenção de cada dizimista. Faça essa experiência de fé!

Fonte: Pascom
 
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