Neste domingo, dia 24 de maio, a Igreja contempla o conteúdo fundamental de nossa oração: a Solenidade da Ascensão do Senhor Jesus, nosso redentor, que foi introduzido na glória dos céus, à direita do Pai. Ele glorioso que volta para junto do Pai e leva a humanidade consigo.
Nós, cristãos católicos, cremos e professamos nossa fé no mistério da Ascensão de Jesus, sua volta ao Pai, de onde veio para redimir a humanidade inteira. Elevado ao Pai, à sua direita, Jesus Cristo, significa a tomada de posse por parte dele, o “Filho do Homem” crucificado e ressuscitado da realeza de Deus sobre o mundo.
Pelo nosso Batismo somos membros de Cristo e sua Igreja, e a realidade da glorificação do Corpo de Jesus possui uma profunda consequência na vida de cada cristão: em Cristo, que subiu ao céu, em união com ele, nós entramos na participação da vida divina. Logo, temos “um lugar” em Deus. O Céu é a vida humana totalmente imersa em Deus e não um lugar físico. Cristo morto e ressuscitado continua vivo no meio da humanidade, na vida de cada um de nós, seus seguidores. A Ascensão de Jesus não foi um afastamento, uma ausência, mas sim, uma nova maneira de estar presente no meio das pessoas.
A festa da Ascensão, portanto, é para nós cristãos, a festa da alegria, complemento e coroação da alegria da Ressurreição. Porque, Ele ressuscitado e exercendo em nosso favor o poder e amor do Pai, continua presente de muitas outras maneiras. Em primeiro lugar pela atuação do seu Espírito. Depois, pela sua palavra a nós testemunhada pelos Apóstolos e seus seguidores; pelos sacramentos, especialmente o Batismo e Eucaristia, enfim, pela sua constante atuação na vida da Igreja. Também é um forte apelo, a todo seguidor de Cristo, para sermos testemunhas com alegria da salvação que o amor e o poder de Jesus oferece a todos os seres humanos. Nesse dia devem ressoar em nossos ouvidos e coração as últimas palavras de Jesus: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações. Eu estarei convosco até o fim dos tempos” (Mt 28,19). Através dos Seus discípulos Ele continua a operar os sinais, as obras de amor no meio da humanidade. Portanto perguntemo-nos: nós e nossas comunidades somos Seus instrumentos para a realização destes sinais, herdeiros de sua missão no mundo e na Igreja?
Sempre na Solenidade da Ascensão de Jesus Cristo, a Igreja celebra o Dia Mundial das Comunicações Sociais e, para este ano de 2020, o tema de reflexão, já anunciado pelo Papa Francisco, no dia 24 de janeiro, é “Para que contes aos teus filhos e aos teus netos (cf. (Ex 10,2). A vida se faz história”. Francisco justifica a escolha do tema: “Desejo dedicar a Mensagem deste ano ao tema da narração, pois, para não nos perdermos, penso que precisamos de respirar a verdade das histórias boas: histórias que edifiquem, e não as que destruam; histórias que ajudem a reencontrar as raízes e a força para prosseguirmos juntos. Na confusão das vozes e mensagens que nos rodeiam, temos necessidade duma narração humana, que nos fale de nós mesmos e da beleza que nos habita; uma narração que saiba olhar o mundo e os acontecimentos com ternura, conte a nossa participação num tecido vivo, revele o entrançado dos fios pelos quais estamos ligados uns aos outros”.
A mensagem papal está subdivida em cinco partes: 1. Tecer histórias; 2. Nem todas as histórias são boas; 3. A História das histórias; 4. Uma história que se renova; 5. Uma história que nos renova. E para concluir sua mensagem, o Papa Francisco recorre à Virgem Santíssima, sua súplica, numa bela prece litúrgica: “Para o conseguirmos fazer, confiemo-nos a uma Mulher que teceu a humanidade de Deus no seio e – diz o Evangelho – teceu conjuntamente tudo o que Lhe acontecia. De fato, a Virgem Maria tudo guardou, meditando-o no seu coração (cf. Lc 2,19). Peçamos-Lhe ajuda a Ela, que soube desatar os nós da vida com a força suave do amor”.
Louvemos a Deus pelas atividades da PASCOM na Diocese de Palmas-Francisco Beltrão.