Neste domingo que a Igreja Católica celebra a solenidade da Divina Misericórdia, o Grupo de Oração Novo Pentecostes, da Paróquia Imaculada Conceição, realizou na Capela Santa Luzia a Oração das Mil Misericórdias. O momento teve uma grande participação de fiéis de toda a paróquia, que vivenciaram essa bela experiência de fé, oração e proximidade com Jesus Misericordioso.
É através do Terço da Misericórdia que o fiel é convidado a manifestar primeiramente a sua confiança filial no “Pai das misericórdias” (2Cor 1,3), que jamais nos recusa a sua graça e o seu perdão (cf. Lc 11,13; 15,20). Jesus nos ensinou a rezar ao Pai pedindo que manifeste em nós a sua misericórdia: “Pai,…perdoa-nos os nossos pecados…” (Mt 11,4), e rezando o Terço o impetramos com insistência filial.
Esse terço foi ensinado durante uma visão que Irmã Faustina teve em 13 de setembro de 1935: “Eu vi um anjo, o executor da cólera de Deus, a ponto de atingir a terra. Eu comecei a implorar intensamente a Deus pelo mundo, com palavras que ouvia interiormente. À medida em que assim rezava, vi que o anjo ficava desamparado, e não mais podia executar a justa punição”.
No dia seguinte, uma voz interior lhe ensinou essa oração nas contas do rosário.
Mais tarde, Jesus disse a Irmã Faustina:
“Pela recitação desse terço, agrada-Me dar tudo que Me pedem. Quando o recitarem os pecadores empedernidos, encherei suas almas de paz, e a hora da morte deles será feliz. Escreve isso para as almas atribuladas: Quando a alma vê e reconhece a gravidade dos seus pecados, quando se desvenda diante dos seus olhos todo o abismo da miséria em que mergulhou, que não desespere, mas se lance com confiança nos braços da minha misericórdia, como uma criança nos braços da mãe querida. Essas almas têm sobre meu coração misericordioso um direito de precedência. Dize que nenhuma alma que tenha recorrido a Minha misericórdia se decepcionou nem experimentou vexame.”
“Quando rezarem esse terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso”.
A confiança em Deus é inseparável da caridade para com o próximo (cf. Mt 22,36-40), de modo que através do Terço da Misericórdia o cristão está outrossim realizando uma obra de misericórdia espiritual, animado pelas palavras do Apóstolo: “A graça que obteremos pela intercessão de muitas pessoas suscitará a ação de graças de muitos em nosso favor” (2Cor 1,11). A eficácia desta forma de piedade depende primeiramente, como sempre, da vontade do Pai (cf. Mt 26,39); como toda oração cristã, há de ser acompanhada também da humildade (cf. Lc 18,13-14), do perdão (cf. Mt 6,14s) e da perseverança (cf. Lc 11,8; 18,1-8).