Como já vem fazendo desde 1964, em cada início de tempo quaresmal, esse grande retiro cristão, a Igreja apresenta-nos um tema, uma realidade social a ser refletida durantes os quarenta dias da quaresma e continuamente no tempo posterior. Esses temas ajudam não só os cristãos, mas a toda sociedade a conhecer, compreender e buscar superar a realidade social em questão.
Neste ano de 2018 a proposta da Igreja é de que reflitamos e nos empenhemos na superação da violência em busca de uma cultura da paz, deste mundo sonhado por todos nós. Violência essa que assombra a todos em tantas situações e formas. Citamos aqui algumas bem visíveis aos nossos olhos como a violência doméstica que atinge inúmeros lares brasileiros; a violência no trânsito que ceifa inúmeras vidas todos os anos; a violência associada aos roubos, assaltos, que nos trancam em nossas casas; a violência associada ao narcotráfico; a violência racial ainda bastante presente, entre outras. Apenas algumas bem visíveis, mas lembramos, há outras tantas menos visíveis aos olhos, mas que atingem ferozmente nossa sociedade: violência institucional que busca enfraquecer a segurança das mesmas; a violência contra os menos favorecidos e indefesos; a violência da exploração proposta por um sistema corrupto e viciado. Também aqui outras formas poderiam ser citadas.
Todas essas nos devem fazer ver, julgar e agir para transforma-las em esperança, desejo de vida em abundância. Para isso, nossas ações quaresmais nos levem a semear esse desejo de paz. Nos façam agir para plantar essa cultura do amor nos corações e assim tornar esse mundo melhor. O que e como posso fazer isso deve nos instigar a reflexão em todo esse tempo.
Nossa voz seja ouvida. Nosso agir transformador. Nosso sonho de um mundo mais unido, mas fraterno, mais humano sonhado por tantos outros irmãos. Cristãos avante, sem jamais retroceder, por uma cultura de paz!
