NOTÍCIA

Pastoral do Dízimo em tempo de pandemia na Igreja do Paraná

terça, 26 de maio de 2020
Entrevista com Dom Bruno Versari, bispo referencial da Pastoral do Dízimo no Regional Sul 2 - Paraná.

A ação evangelizadora da Igreja não parou em nenhum momento, mesmo com as igrejas de portas fechadas, a suspensão das missas com a participação de público, de encontros e eventos. Sua missão de anunciar o Evangelho e cuidar da vida dos menos favorecidos tem sido realizada de forma nova, criativa e ainda mais intensa. Isso é possível porque a Pastoral do Dízimo realiza um trabalho essencial na Igreja, especialmente, durante essa pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).

Entrevista com Dom Bruno Versari, bispo referencial da Pastoral do Dízimo no Regional Sul 2 - Paraná.

 

Dom Bruno, qual a importância de continuar a devolver o dízimo, mesmo num período tão difícil para muitas famílias?

Dízimo é compromisso de fé em Deus, de amor à Igreja e de amor aos irmãos. Devolver o dízimo em tempos tão difíceis é proporcionar condições para que a Igreja não deixe de anunciar a Palavra de Vida, a Palavra de Salvação, o Evangelho e, ao mesmo tempo, tenha condições de tornar-se próxima daqueles que sofrem por não ter as necessidades básicas da vida: comida, remédio e outras necessidades. A Igreja só consegue ser solidária com aqueles que mais necessitam, porque tem fiéis que dão condições para que ela faça isso, através do dízimo e das ofertas que chegam. Tudo isso é revertido em solidariedade com os que sofrem.

 

Como manter os dizimistas encorajados e animados a partilhar e devolver o dízimo?

Quem dá o dízimo, geralmente, são pessoas de fé, pessoas que fizeram uma experiência tão profunda de Jesus e de seu amor, que desejam viver isso na prática do que lhe é mais caro, o seu salário. Devolver o dízimo, mesmo em tempo de dificuldades, é um sinal de maturidade na fé, é confiar que fazendo a experiência da fidelidade a Deus, Ele lhe retribuirá em abundantes bênçãos. Doar o dízimo é criar condições para que os outros também possam fazer essa experiência de serem amados. O gesto de doar, por menor que seja, se for feito por amor, não fica sem receber uma recompensa. Deus é generosos. Quem tem Deus no coração, também tem um desejo imenso de ser generoso.

 

Qual mensagem o senhor deixa para os dizimistas e todos os católicos nesse tempo de pandemia?

Esse é um tempo difícil e não é diferente na Igreja. A Igreja para fazer frente a evangelização e assistência social, ajuda aos necessitados e tantos trabalhos, depende do dízimo e das ofertas. Todo católico, dizimista ou não, deve sentir-se sensibilizado e entender que, juntos, podemos fazer grandes coisas. Em uma situação como essa temos a oportunidade de ser solidários. A igreja conta com a ajuda de todos, para que assim possa continuar cuidando dos que já vivem na graça da fé e também daqueles que, mesmo com fé, vivem na carestia das necessidades da vida. Doar o dízimo é colocar em prática o amor a Deus, assim como nos recorda o evangelista João: “Quem diz amar a Deus a quem não vê e não ama o irmão a quem vê, está mentindo” (cf. 1Jo 4,20). Então eu digo que o dízimo, seja a quantia que for, é sempre uma expressão de amor a Deus e de amor aos irmãos. Isso é viver a fé na prática. O dízimo ajuda a Igreja a ajudar os outros e, na medida em que a Igreja me ajuda a viver a fé, oferendo a Palavra de Deus, a Eucaristia, Sacramentos, eu também dou condições para que ela  atenda a tantas pessoas, que sozinhos não daríamos conta.

Àquele que é dizimista, peço que continue sendo fiel. Àquele que ainda não é dizimista, sugiro que faça a experiência e, nesse tempo difícil, exerça a solidariedade com aqueles que mais sofrem. O dízimo proporciona uma gratidão que só Deus pode dar. Deus abençoe e recompense todos os dizimistas que, com mais ou menos, proporcionam condições para que a Igreja possa continuar a sua missão de evangelizar e de se solidarizar com os mais necessitados.

Fonte: Pascom Diocesana
 
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